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Um prédio ardia em chamas, até que foi totalmente destruído pelo incêndio. A ironia é que o prédio era um depósito que armazenava toneladas de gelo. Embora no local houvesse o melhor extintor em potencial, a água não estava em condições de ser usada. O prédio estava cheio de talentos congelados. Não seria estranho que algumas igrejas apresentem um problema semelhante? A despeito de contarem com toneladas de recursos espirituais para o testemunho e para o ministério de fé que uma vez foi dado aos santos, esse mesmo povo escolhido por Deus se transforma muitas vezes no povo encolhido de Deus. Não poucos vivem como se fossem agentes secretos de Deus, que só Deus sabe onde estão. Dentre as metáforas que Jesus utilizou para identificar os Seus discípulos, uma é especialmente inerente ao caráter que Ele desejava que os mesmos demonstrassem na vida. Jesus disse: Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo (Mt 5.13-16). Jesus, porém, fez uma advertência sobre a utilidade do sal: Ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. O sal só é útil para dar sabor ou preservar se estiver em contato com a comida, misturado a ela. Assim, Jesus nos chama para dar sabor à sociedade em Seu nome, para ajudá-la a preservar seus valores, mas isso só acontece por meio do envolvimento com as pessoas, como transmissoras da multiforme graça de Deus. Ele também falou sobre a utilidade da luz: Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. A luz deve estar visível. Discípulos não são agentes secretos, precisam sair do esconderijo e ser conhecidos como discípulos que se tornam evidentes por meio das boas obras. Foi por isso que Jesus acrescentou: Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. O evangelista Moody disse: Um farol não precisa fazer alarido para atrair a atenção dos navios. Ele apenas brilha. Embora eu saiba que isso se aplique a todos os discípulos, tenho em mente agora os milhões de assembleianos por todo o mundo, os quais de algum modo são filhos da Assembleia de Deus em Belém do Pará, que nós chamamos carinhosamente de Igreja-mãe. Estamos caminhando rumo ao Centenário, de modo que eu gostaria de saber, por todos os rincões desse imenso Brasil, por todos os países onde a Assembleia de Deus tem a sua bendita presença, onde estão os discípulos com os quais contaremos para a celebração dessa Festa para a honra e glória do nosso Deus Eterno e Santo. A Assembleia de Deus no Brasil começou em Belém do Pará e, daqui, se espalhou por todo esse grande País, estando hoje presente em 176 países ao redor do globo. A semente de sal e luz se multiplicou grandemente, se espalhou sobejamente, isso porque uma Igreja não mediu esforços para abençoar os povos de outras cidades e de outros países. Agora, o trabalho é da nossa geração. Nós não estávamos lá no início. Somos fruto do trabalho deles. Mas somos também a geração do Centenário, a geração que tomará em suas mãos os programas de Deus para alcançarmos alvos inimagináveis há pouco tempo. Sabemos, pela fé, que Deus tem grandes coisas para a nossa geração, mas precisamos de discípulos que sejam sal e luz, que façam a sua parte, que façam também o movimento inverso, e venham nos abençoar dando sabor e iluminação com sua presença e seus recursos espirituais e financeiros. Não enterre os seus talentos, não retenha a sua mão, mas faça-nos saber se podemos contar com a sua vida, com o seu suor, com as suas lágrimas, com a dádiva do seu amor, para que, rumo ao Centenário, possamos cumprir a vontade de Deus de servirmos fielmente à nossa geração e nos prepararmos para as grandes coisas que Deus ainda vai realizar por intermédio da Assembleia de Deus no Brasil e no mundo. Rede boas novas tv- pr. Samul Camara |
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